quinta-feira, 1 de novembro de 2012





16 Documentos
Fernando Altemeyer Júnior
A obra do Concílio Vaticano II é considerável e exemplar. O Concílio produziu frutos históricos, eclesiais e simbólicos profundos. Mudou a face da Igreja em sintonia com o Evangelho de Cristo. Tornou compreensíveis as palavras dos seus seguidores e atualizou as riquezas milenares da fé no contexto das culturas do século 20. Este Concílio vivo produziu textos proféticos recebidos com amor em todas as Igrejas e religiões. Os 2.500 bispos participantes de 2.800 convocados, somados a 101 observadores não católicos, a 29 leigos homens presentes e às inéditas e competentes 23 mulheres, com a ajuda de dezenas de teólogos e o suporte técnico de 10 mil auxiliares e tradutores, redigiram um belo compêndio composto de 16 documentos oficiais: 4 Constituições, 9 Decretos e 3 Declarações. Todos sem anátemas nem condenações, imbuídos da perspectiva do diálogo e propondo a mensagem de Cristo para tempos novos. A fé de sempre nas palavras de hoje, sem arrogância e com muito amor pastoral.
 Dos 16 textos, quatro se destacam por seu peso doutrinal. Trata-se das Constituições aprovadas: Sacrosanctum Concilium (SC) – sobre a Sagrada Liturgia (promulgada em 04/12/1963). Dei Verbum (DV) – sobre a Revelação Divina (18/11/1965). Lumen Gentium (LG) – sobre a Igreja (21/11/1964). Gaudium et Spes (GS) – sobre a Igreja no mundo atual (07/12/1965).
Os documentos conciliares quiseram mostrar à humanidade crente e às pessoas de boa vontade um novo rosto da Igreja como comunhão de Igrejas particulares, construída pela graça do Espírito Santo e tendo como pilar o exercício da colegialidade episcopal e uma permanente abertura ecumênica.
Evidenciam a Igreja do Cristo Jesus, como Povo de Deus estimulando a corresponsabilidade de cada cristão batizado e assegurando ao laicato e aos clérigos da Igreja uma evangélica comunhão ministerial. Antigas tradições foram restauradas, algumas modificadas ou abolidas e outras ainda criadas para que a Igreja seja fiel a Deus e à verdade que se faz encarnação permanente. Assim a língua local de cada povo se fez língua viva na louvação litúrgica e como expressão plural da única fé comum. Esta decisão produziu frutos riquíssimos como ocorria nos primórdios da fé nas antigas Igrejas do Oriente Médio, onde se falava idiomas diversos sintonizados no único amor de Cristo. Unidade na pluralidade e pluralidade na unidade.
A Igreja que começou a rezar no idioma aramaico se expressará nas liturgias em hebraico, grego, latim, nas línguas orientais chegando pelo ardor missionário à tradução necessária da fé cristã nas terras do Ocidente e aprenderá a se exprimir em celta, francês, espanhol, inglês, e português. Hoje cantamos e celebramos a ressurreição pascal em brasileiro. Esta é uma verdadeira sinfonia universal que resgata as antigas tradições dos ritos orientais, ricos e belos, e faz a fé cristã vestir a mais bela roupagem litúrgica, que é aquela do povo concreto que pretende evangelizar e amar.
Estes textos deram e dão frutos saborosos: o diaconato permanente é restaurado para homens casados; o sínodo dos bispos adquire caráter universal e permanente; o empenho ecumênico é concreto; o conselho de leigos se fortalece em nível internacional e local; são criadas as comissões de justiça e paz; nascem novas escolas de Teologia na América Latina, África e Ásia, além de uma fecunda leitura feminina; a vida mística e monacal é revalorizada em todas as Igrejas, articulando os dois pulmões da Igreja: o da ação e o da contemplação; a Palavra de Deus se faz no coração pulsante da Teologia; os encontros pela paz entre as religiões se multiplicam; cresce a dedicação firme na área da educação universitária em favor do diálogo entre fé e ciência moderna, expresso concretamente na fundação de novas academias das Ciências Sociais e na academia pela vida; e ocorre uma abertura inédita para os meios de comunicação em todas as suas plataformas e interfaces hipermodernas.
Esses 16 documentos expressam a mudança de espírito e atitude na Igreja Católica: ela quer ser uma Igreja prenhe de esperança! Apontam para uma Igreja do futuro, ensaio da Igreja sem fronteiras, corajosa e audaz, como nas sábias palavras do padre Yves Congar: “A obra realizada é fantástica. Entretanto, temos tudo ainda por fazer”.
Documentos Conciliares
Quatro Constituições
Sacrosanctum Concilium (SC) – sobre a Sagrada Liturgia (promulgada em 04/12/1963). Dei Verbum (DV) – sobre a Revelação Divina (18/11/1965). Lumen Gentium (LG) – sobre a Igreja (21/11/1964). Gaudium et Spes (GS) – sobre a Igreja no mundo atual (07/12/1965).
Três Declarações
Gravissimum Educationis (GE) – sobre a educação cristã (28/10/1965). Nostra Aetate (NA) – sobre a Igreja e as religiões não cristãs (28/10/1965). Dignitatis Humanae (DH) – sobre a liberdade religiosa (07/12/1965).
Nove Decretos
Ad Gentes (AG) – sobre a atividade missionária da Igreja. Presbyterorum Ordinis (PO) – sobre o ministério e a vida dos sacerdotes (07/12/1965). Apostolicam Actuositatem (AA) – sobre o apostolado dos leigos (18/11/1965). Optatam Totius (OT) – sobre a formação sacerdotal (28/10/1965). Perfectae Caritatis (PC) – sobre a conveniente renovação da vida religiosa (28/10/1965). Christus Dominus (CD) – sobre o múnus pastoral dos bispos na Igreja (28/10/1965). Unitatis Redintegratio (UR) – sobre o ecumenismo (21/11/1964). Orientalium Ecclesiarum (OE) –  sobre as Igrejas orientais católicas (21/11/1964). Inter Mirifica (IM) – sobre os meios de comunicação social (04/12/1963).
— Solenidade de todos os Santos - A SOLENIDADE SERÁ COMEMORADA NO DIA 04.11.2012
Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.

"Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013).

Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo:"Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles".

Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7,9). 

Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19).

Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028).

Todos os santos de Deus, rogai por nós!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


A Igreja é toda missionária. Nesse sentido, somos todos chamados para evangelizar e cooperar na salvação do mundo. Não podemos partir para a missão individualmente mas a ideia de setor missionário organiza a comunidade para sentir-se povo de Deus. Deus está sempre perto do seu povo através da sua Igreja. E nesta Igreja surgirá profetas que anunciarão um mundo de justiça e paz.
Vivemos na Igreja enviada por Cristo para proclamar o Reino de Deus a todos os povos. Quem está comprometido com a atividade missionária tem um discurso elaborado à luz do Documento de Aparecida que é de uma Igreja acolhedora, Igreja samaritana. "A razão dessa atividade missionária vem da vontade de Deus, que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade"( AD GENTES, p. 19 ). Como Igreja não podemos negar a atividade missionária que nos conduz para o segundo advento de Jesus. Por isso, venha para o setor missionário e faça o que pede Jesus: " Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura".
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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

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